domingo, 21 de dezembro de 2014

Sweet child



Sinto saudade de quando era criança, e colecionava folhas, ao invés de lágrimas, de quando guardava sonhos, ao invés do coração, de quando corria pra brincar na rua, ao invés de correr dela por medo de encontrar “alguém”; Sinto saudade de quando brincava de “o próximo carro que passar é o seu”, e não fugia dos faróis. Sinto saudade de querer me apaixonar, de querer dar risadas altas, de poder olhar para as pessoas no fundo dos olhos e ter a certeza que não vão notar o meu vazio. Sinto saudade do meu querido passeio, que agora é um palco de lembranças amargas, sinto falta da minha vida que levou consigo, sinto falta de mim. Até hoje eu tento entender como foi que esse tornado chegou e bagunçou tanto minha vida... Como me tirou tudo, até a minha esperança. Tudo que eu sempre desejei na vida foi alguém como você, e me surgiu reluzente e grandiosamente lindo. Porém seus olhos negros de menino escondiam algo que eu não enxergava. Um homem canalha, sem amor, movido a desejo. Lutei contra isso eu juro, tentei te salvar mesmo que não saiba, orando silenciosamente por várias noites durante estes anos pedindo a Deus que te fizesse mudar ou que pelo menos te tirasse dos meus sonhos, dos meus pensamentos, mas não adiantou. Quem é que sabe o ele planeja não é?! Eu só queria poder viver sem essa dor constante, sem esse vazio, sem lembrar que meu menino se perdeu achando que havia se encontrado. Eu sei que o que eu amo de verdade é uma lembrança, que eu amo quem você foi, e não quem é agora. Mas foi tão meu, que me atormenta a toda hora.

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